Bill Gates, pai do Windows e da Microsoft , teve de deixar o Brasil na madrugada desta terça-feira depois que sua equipe foi notificada pela Polícia Federal no Amazonas. A equipe do empresário, segundo foi informado à PF, passava férias num hotel de selva no Amazonas, mas não tinha o visto de turista no passaporte, uma exigência brasileira para visitantes dos Estados Unidos --eles contavam apenas com um documento que permitia a eles passar pelo país, sem permanecer aqui. A PF não informa se Bill Gates tinha ou não o visto e como o grupo entrou no Brasil.
O grupo de apoio do empresário, formado por sete pessoas, foi detido na última sexta-feira (15) por agentes federais quando faziam um passeio de barco no rio Negro, próximo a Manaus. No momento da detenção, os americanos estavam sem a presença de Gates, mas se identificaram como funcionários da Microsoft e pediram para os agentes da PF contatarem a embaixada americana no Brasil.
Segundo a Polícia Federal, eles não tinham nem mesmo documentos de identificação, e a embarcação não tinha autorização da Marinha para navegar em águas brasileiras, uma vez que os tripulantes estavam ilegais no país. Depois de quase 12 horas detido, o grupo foi liberado com a condição que deixasse o Brasil em três dias.
Como não conseguiram voo ontem, eles embarcaram às 2h de hoje num voo com destino a Miami. Segundo a Polícia Federal, o grupo infringiu a Lei 6.815/80 e seus integrantes devem responder a processo administrativo.
No retorno para os Estados Unidos, Gates acompanhou a equipe. Não é a primeira vez que o empresário passa férias no Amazonas, ele já esteve no Estado em 2007 e 2009. Nas duas viagens, ficou em hotéis de selva na Zona Rural de Manaus ou em cidades do interior do Amazonas.